Às vezes conheces pessoas que mudam o teu mundo. Mudam a tua forma de pensar. Mudam a maneira como vês as coisas. Pintam telas vazias de cores ainda por inventar. Levam-te a voar acima das nuvens. Ver sítios inexplorados. Inventar histórias. Entrelaçar coroas de flores. Escalar montanhas. Eu acredito que nascemos todos livros. Livros criados de histórias de amor, fantásticas aventuras. Às vezes criados de tristeza, indesejados. Outras, de surpresas. O destino dá-nos um certo número de páginas em branco, e lápis e suspira-nos que documentemos o nosso melhor, o nosso pior, desde que seja todo nosso. Não nos dá borrachas, porque sabe que acreditamos mais com erros do que com actos apagados. E lá está. Ás vezes conhecemos pessoas que nos ajudam a pintar o nosso livro com os desenhos que achamos mais bonitos. Mas isso não quer dizer que elas fiquem para sempre. São como professores. Só lá estão para nos ensinar a desenhar e depois largam-nos da mão. E às vezes nós não percebemos que isso é o melhor para nós, e desejamos o oposto. Mas um dia, vamos entender que esses dias que nós imaginamos solarentos e coloridos. Harmoniosos. O foram, mas que à nossa frente se estendem dias melhores. E nesse dia vamos olhar para trás e sorrir. E agradecer. Agradecer a todos os que fizeram e já não fazem parte da nossa vida. Mas que vão sempre fazer parte da nossa história.